Esalq terá centro em parceria com instituição francesa

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Thais Vieira e Philippe Mauguin (divugação)

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e o Instituto Nacional de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente (INRAe, na sigla em francês) assinaram um convênio para a criação do primeiro Laboratório Internacional Associado – o LIA Learn (Laboratory for Enhanced Agricultural Resilience through Multi-Organism Interaction Analysis), sediado na USP em Piracicaba. A cerimônia foi realizada no dia 28 de outubro, na sede do instituto, em Paris, na França, quando lá estiveram presentes o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, a diretora da Esalq, Thais Vieira e Fernando Consoli, professor da Esalq que coordenará o novo centro.

Para o presidente do INRAe, Philippe Mauguin, o centro incorpora o compromisso compartilhado entre o INRAe ​​e a USP de pensar e agir juntos pela saúde do planeta. “Ao consolidar mais de 15 anos de colaboração entre nossas equipes francesa e brasileira, o novo centro torna-se uma plataforma aberta para pesquisa e inovação em transições ecológicas, alimentares e de saúde e na adaptação da agricultura às mudanças climáticas”, afirma

 

Para o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, “este novo centro marca uma importante parceria com o INRAe, uma das principais agências de financiamento de pesquisa da França na área da agricultura. O centro fomentará estudos de ponta em colaboração com a Esalq — atualmente o principal parceiro do INRAe ​​no Brasil — e a FZEA, bem como com o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) e com outras faculdades e unidades de pesquisa da USP que atuam na área de ciência de alimentos, como a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF)”.

“A iniciativa certamente criará um ambiente internacional para nossos pesquisadores e permitirá o desenvolvimento de novos projetos colaborativos. Tenho certeza de que este será um esforço conjunto muito enriquecedor com o INRAe, que destacará ainda mais a força da nossa Universidade na produção científica e no desenvolvimento de soluções relacionadas aos cinco pilares do novo centro”, destacou Carlotti.

Em julho deste ano, durante encontro no Brasil com os pesquisadores franceses, Fernando Cônsoli destacou os eixos principais do projeto. “O centro se dedicará a cinco áreas principais para desenvolver soluções sustentáveis na produção de alimentos. Isso inclui a otimização dos sistemas de produção, o melhoramento genético de plantas e animais, o aproveitamento de resíduos para gerar novos recursos nutricionais, o desenvolvimento de sistemas agrícolas para todos os tipos de produtores (incluindo a agricultura urbana) e, por fim, a aplicação de tecnologias digitais para aprimorar a produção, garantir a qualidade dos alimentos e preservar a diversidade ambiental, a saúde animal e humana”.

Para a diretora da Esalq, é muito importante ver o resultado do envolvimento de mais uma centena de pesquisadores que se dedicaram à construção de um projeto em torno de um objetivo comum. “Estamos pensando no futuro dos sistemas alimentares e esta etapa é a concretização de uma ideia lançada em 2024 que se tornou realidade”, frisou Thais Vieira.

O início operacional do centro ocorrerá em 2026, por meio do desenvolvimento de projetos conjuntos, programas de mobilidade científica e organização de escolas de verão e simpósios internacionais.

Texto: Caio Albuquerque, com informações do Jornal da USP (30/10/2025)